quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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Eu pensei, e pensei, e acabei apenas nas besteiras. A última vez em que nos falamos estando juntas tu me disseste para eu ler um livro entediante para dar sono e eu não pensar nelas.

É tudo uma questão de falta, essa que eu tanto sinto e tu... nada. Todos dizem que pra ti era só sexo. Eu não consigo acreditar que seja. Eu não acho respostas. Eu faria o mesmo mas voltaria a ser a mesma depois. Então eu prefiro ser teimosa, desabafar, jogar um pouco desse mal, dessa incansável doçura em cima de ti.

Desde que me deixastes por um estranho eu voltei a fumar e até a beber desacompanhada. Passei três dias sem comer. Sabe-se lá como eu não morri. Não por isso, mas de decepção, de mágoa.

Aquele dia a minha tristeza berrou, gritou mandando minha felicidade ficar quieta. O caráter das pessoas é uma coisa surpreendente. Tens? Admira-me saber, ao menos cedo, que és tão fria. Mas sei que já deves ter passado pelo mesmo, se não pior. Fato que tinhas de ter aprendido, mas há os que preferem a vingança.

Desde o sábado passado eu estou linda. Uma beleza quase tão clássica quando a de E o Vento Levou. Clássica de ninfeta sem rumo, sem canto para cair. Com os olhos borrados e a boca seca. Seca de ti. O coração mastigado. Uma ninfeta, tão nova e estragada.

Eu tenho sentido tua falta em minha cama. De ficar de bruços, te olhando, até que tu resolvias entender minhas vontades.

Eu poderia dizer que o que faz falta são os carinhos, as horas perdidas ouvindo tu tocares para mim, as tuas brincadeiras insonsas que rias mais que qualquer um, dos momentos, dos beijos quentes que me arrancavam suspiros. Mas isso foi inexistente.

Eu poderia escrever mil dramas como já fiz tantas outras vezes... poderia fazer parecer bonito, um quase amor. Mas não o é.

Eu não me roía por dentro quando falavas das outras. E não sinto falta dos teus jeitos que nem me arrepiavam. Ou de quando fingias (e como fazes bem) estar preocupada comigo. E também, os nossos beijos nem eram bons, amor... nem eram.

Olha, eu não sentia borboletas no estômago enquanto esperava duas horas até te ver. Muito menos quando te via, nem vermelha eu ficava. E quer saber? Eu nunca me arrumei pra ti.

A única coisa que talvez faça falta é o sexo. Tão profundo, tão falado, tão duro e veloz. Da melhor forma que pode ser feito: sem amor. Quem sabe eu sinta falta disso. Mas sabe, não importa. Na esquina outra já me espera.

Hoje eu já não lembro mais do teu rosto e até ousei trocar teu nome. Hoje deve ter sido o dia mais feliz da minha vida.

Espero que tenhas lido tudo, de cima à baixo, e que cada palavra tenha passado reto, como água, sem tocar, sem importância.
Embora eu deseje, sei que não lerás.

Desejo, por hora, que saibas substituir bem as pessoas e os sentimentos. Que encontres alguém melhor em todos os aspectos. Talvez não que eu, mas que tu. E que essa pessoa não seja como eu e, sabendo lidar com sagitarianos, te prenda sem deixar fugir, perder.




Amor, talvez tu me conheças e agora, depois de tanta besteira, eu possa dizer que eu choro todas as noites e que essa carta têm as mentiras mais mal contadas que alguém pode escrever. E eu tento acreditar.

Eu jamais te amei. E obrigada por não viajar comigo, eu me encontrava na ponta de um abismo. Tres dias, tres passos e eu cairia para dentro de ti.

2 comentários:

Morganna disse...

do tanto de amor que a gente sente. e mentir nem serve mais. a vontade é maior. =*

Silly disse...

nossa isso sim é um post profundo ... sempre seus textins consegue deixar sem palavras a mim ... da hora... curto mto ... bjinsk