sábado, 10 de janeiro de 2009

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Novembro.

Novembro acabou e eu também. O tempo tem passado rápido demais, e eu ando cansando junto com ele. O caso é que passa, mas parece que não acaba nunca!
Por que dezembro não termina logo? E o ano.
Cansei desse infinito em pé.

domingo, 23 de novembro de 2008

Só cresce.

- Você me ligou ontem?
- Eu te liguei.
- Eu só lembrei hoje. O que nós falamos?
- Nada, você riu bastante e eu ficava tirando sarro porque você tava falando mole. Aí no final você disse: te amo. E eu respondi e você só riu.
- Eu ria do quê?
- Não sei, de tudo. Eu falei "ooi", e aí a gente ficou falando o tempo todo "oooi" e rindo.
- Hahaha.
- Aí você falava algumas coisas que eu não entendia porque você falava mole, e só.

Canção Para...

What if i leave?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tijolos de Goiaba

A televisão ficou ligada o dia inteiro. Estou ouvindo uma música que escolhi, mas que não ajuda em nada para escrever. Tem melodia demais. A televisão passou tudo o que tinha que passar. Não para mim, mas sim para os livros que ficaram no sofá. Onde eu estava? Não sei. Dormindo, talvez.
Eu estive por tanto tempo adormecida. É improvável que não percebam pelos meus olhos eternos de sono. Eu dormi por tempos indeterminados. Preciso mudar a música. Pronto, outro jeito.
Não sei o que acontece, me desculpa? Não tenho tido palavras pra dizer, escrever. Acho que gastei-as, esqueci-as. Talvez até as perdi por ai. Mas não, não anunciarei minha perda pelas paredes de supermercados, espero que quem as ache faça bom uso.
O fato é que tenho ciúmes delas, é um apego sem desapego. Estou dolorida por terem me abandonado. Quem dirá que elas também sofrem por pensarem terem sido abandonadas? Sinto-me só, pequeninas, e peço que voltem logo, loguinho. Com o vento, e com as plumas, e com as penas, e com a felicidade. Nem tristeza me faz tê-las de volta. Sempre que estive triste, elas vinham me visitar. Desta vez ousaram me deixar, apenas com os soluços.

Mas, olha... tão triste quando as palavras não serem mais reféns destes dedos, é não ter a presença de outra coisa, ou pessoa. Queira alguém nunca sentir-se assim, só.

Solidão, ainda bem que chegastes roubando minha solidão. Nunca fiz questão de saber o que me faltava, até que faltou. Agora, sempre que posso, abro os olhos e sinto esse vazio que deixas quando partes daqui. Da sala, do quarto, da cozinha. Quando teu reflexo não está atrás do meu no espelho das paredes verdes.
Sempre que não quero, sempre que não desejo, entrego uma parte minha, sem saber, à ti. Vez ou outra me questiono o quanto estou me colocando em tuas mãos. Mas não é de meu gosto, é só a natureza me fazendo vulnerável e fraca ao teu charme e a tua doçura, que vem derrubando cada tijolo, que não são feitos de goiaba, dos meus muros que eu demorei tanto pra solidificar, um a um.
Todos os dias eu sou salva. Não me espanta mais saber que não me salvo, mas que me salvas como super-qualquer-coisa que és. Como super-devoradora-de-tijolos-de-goiaba. Como super-adoçadora-de-corações-azedos. E me salvas apenas com tuas mãos, colocando-as em forma de concha, como se eu fosse muito pequena, e não tuas mãos muito grandes. E me pegas no ar enquanto eu caio, e me deixas no chão. E quando queres, por ingrata que sou, me jogas no ar de novo, apenas pra que eu sinta medo e dependencia, apenas pra que eu te peça socorro, aflita, com medo de me esborrachar em um chão duro, sem as tuas mãos.
Já não é segredo pra ninguém: eu te amo. Ninguém têm dúvida ou tenta ultrapassar isso. Ninguém, nem tu, acredita tanto nessa sede que eu sinto de ficar ao teu lado. De ser vista contigo e por ti. De andar de mãos dadas, de te guiar, de ser teu ombro, de ser teus olhos, de ter teu corpo e ser o teu amor. De me sentir segura ao apertar a tua mão.
Pelo tempo que vier, por um tempo que passou. A vida só foi vida após o dia 26. Dure o tempo que durar...

...a minha vida.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Meme

Ando com uma falta de tempo enorme. Queria pedir sinceras desculpas aos que me lêem. Logo eu volto.
Enquanto isso gostaria de agradecer ao Jósh, do blog palivres, por ter me dedicado o Meme dele e pelo elogio, fiquei até bobinha. Irei responder agora.

Regras:

Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de ir embora daqui/ Passar o meme para 8 pessoas/ Comentar no blog de quem lhe passou o meme/ Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da "intimação"/ Mencionar as regras.

1. Passar, urgentemente, no vestibular;
2. Ir embora para algum lugar futuramente;
3. Ser bem sucedida na minha profissão;
4. ...

5. Ter, além do trabalho, um tempo de lazer e muita felicidade;
6. Sempre ter palavras nas pontas dos dedos, da lingua e no coração;
7. Minha casa, meu canto, meu amor.
8. Ver o mundo melhorar.


Como disse o J.: "Desculpem-me, quanto a projetos de vida sou muito pretenciosa."

E bem, os indicados são (tcharam!):

Dona Suy, a qual eu acompanho o blog desde o ano passado e tenho um carinho enorme pelos poemas.

Para a Julia, que ficou de vir me buscar e até agora, nada.

Para uma mocinha da qual eu não sei o nome, mas que escreve textos ótimos e que eu me identifico.

E para a Lila, minha irmã perdida no mundo, que eu amo de amor eterno.

Os outros quatro... deixo em aberto. Um beijo!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

...

É só uma impressão muito grande de não chegar perto e ser alguém do passado. Um medo muito, muito grande de quando você fala que hajo e falo como criança. Uma aflição muito grande de não ser tão bonita, inteligente, descolada e parecida com os outros.
Não sei se é amor. Sei que amo você, mas não sei se isso que sinto, que me dá medo, é proveniente do amor. Porque se você me ama, se eu te amo, erros são banais e medos superficiais. Mas eles têm me consumido, vez ou outra penso que te perco a cada medo, principalmente quando os exponho.
Ando meio neurótica. Mentira, não sou neurótica. É só uma coisa que me consome e me faz comparar tudo, analisar tudo, pensar demais e até me faz deixar de ser assim, tão impulsiva ou expressiva ou espontânea quanto eu costumava ser. Mas eu não sei qual o sentido, qual o motivo.
Minha essência é tão estranha que se virasse aroma o botiquario criador de mim deveria misturar cítrico ao doce, ou amadeirado ao frutal, talvez todos juntos, numa coisa deveras enjoativa. E o meu gosto seria doce com salgado, mas nada de romeu e julieta, seria algo como água do mar com suco de amora. Essência é muito pessoal, não é? Essência é algo que poucos sentem, poucos compartilham, alguns a tem mas poucos dão o devido valor.
Não sei se você sabe, ou se pensa como eu, mas só se conhece uma pessoa realmente quando se ganha dela ao menos uma gota dos litros da essência cabível em um ser. Porque essência é um presente dado por alguém que se dispôs a entregar um pouco de sí.
Se pensas que olhar nos olhos é sinal de confiança, eu desviaria os meus de Deus. Ninguém me conhece realmente, ninguém conhece você. Ninguém conhece a sí até o dia em que parte, o último dia, onde não existe mais o que se andar, onde o que era infinito acabou e o destino cansou. Onde você chegou ao seu limite, e o seu limite é tudo aquilo que poderia acontecer. A última página do livro, o máximo que guardaram pra você, o prazo que deram pra que te conhecesses, pra te escreveres, te entenderes. O teu prazo de validade.
A essência de cada um é liberada aos poucos e a poucos. Alguns jamais liberam a ninguém. Outros nem a possuem. Ela é cara e não nasce pronta, vai-se adquirindo com o tempo, com costumes e com sentimentos. E perto de essência nenhuma beleza é digna, nenhuma palavra é justa, nenhum sentimento é dizível. Essência é toque, silêncio e cegueira. Tato e olfato interno. Cor sem visão. Essência só se enxerga no escuro, e o escuro é dolorido e demorado, portanto exige paciência.
O que peço à você é que tenha essa paciência. É que junte seu tempo. É que se dedique. Se há amor, seja do jeito que for, se há afabilidade, preencha-se também de paciência. Espere calmamente o momento de cada um. Nada não vale a pena, tudo tem um certo valor. Portanto, guarde cada pinguinho de essência que conseguires com muito cuidado, pois se te foram cedidas, é porque és muito, muito, muito especial.