sábado, 14 de junho de 2008

Idiota.

Março - É tarde, já passam das seis e eu ainda te espero. Combinamos que seria às duas. Tu não chegaste. Tu esqueceste. Estavas fora. Fora de ti.
Parece-me que se passaram anos, meses, semanas e quatro horas foram insignificantes perto desse tempo todo. Tu não ligaste pra perguntar como eu fiquei, se consegui voltar para casa, se não me perdi pela cidade. Eu não conhecia o lugar, era como o teu corpo em um primeiro encontro. Como as minhas reações e a falta de saber o que fazer com as mãos.
Depois desse trajeto eu me levantei, sozinha. Não procuro saber de ti, nem te encontrar pela rua. Se acontecer e, por acaso ou destino, te ver com alguém ao teu lado, nenhum amor vai passar.

Abril - Nenhum sinal. Tu só perguntas o que te interessa. Nem respondes nada. Não queres saber de mim.
Mas sabe? Eu estive por aí encontrando e conhecendo algumas pessoas, porém a minha entrega sempre era encomendada, nada espontâneo, nada como o dia 28. E, pensando bem, não lembro ao certo se foi dia 28.

Maio - O mês vazio. Esquece. Apenas no final que me surge uma luz. No começo eu vi os olhos de alguém que não me quer com querer saudável. E sim, existe o doentio, o querer por querer, pra provar que o que parece impossível, é tão possível quanto qualquer coisa. Eu estava caindo mas ela me salvou.
Ela que não é mais uma, quem sabe? Ela que não pensa só. Que tem o meu signo preferido, um nome doce, me chama e me xinga e me liga pela madrugada, embreagada, me falando coisas doces, coisas que eu não sei interpretar, absover, ou julgar ser verdadeiro ou não. Mas as de novembro e dezembro não costumam mentir.

Junho - Eu estou apaixonada. E é só dia 14.

2 comentários:

Julia disse...

aprendi a desacreditar em ligações embriagadas pela madrugada. simples experiencia ruim.
são os "mais uns" com quem devemos ter mais cuidado.

Unknown disse...

você é uma covardia.