sábado, 6 de setembro de 2008

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Sempre que maio chegar, a cicatriz vai berrar pedindo que algo a cure, mas a cura não é mais possível. Nos meses de junho, alguém vai lembrar de quando o coração caiu em sí, vendo que existia mais alguém querendo entrar. Em julho vai recordar o primeiro beijo. Em agosto a primeira visita.

Setembro o inferno-astral teima em visitar alguns, meu caso. Eu ando choramingando, pedindo algo pra me ocupar, pra que o tempo passe rápido. Na falta disso, eu faço besteiras. Fevereiro é o mês do desamor, setembro é o mês do desespero. Hoje faz um ano de um tempo, e algumas horas de outro. Desgraças têm datas pra aconterecem.

Ela me olhava com aqueles olhos de despedida, de alguém que sempre dizia adeus, aos poucos. E nas palavras, na forma de falar, deixava claro isso. Mas eu não quis ouvir nem ver. E, covarde que eu sou, parto. Que coragem eu teria em não deixa-la partir? Como eu poderia fazer isso?

Eu a amo, tanto, tanto, que cada parte de mim está comprimida, amassada. Meu rascunho de vida sentimental acabou de ser rasgado. Sentirei falta.


Espero-te.

6 comentários:

Bibi. disse...

e você de onde é?

Julia disse...

não espere, corra.

Morgana disse...

Sabado 6 de Setembro
Um dia que queria esquecer que aconteceu e re-viver Agosto!
Setembro será para sempre o tempo de sangrar.

Julia disse...

talvez.
mas esperar parece-me tão.... indiferente.
não era essa a palavra. parece que as perdi com o tempo. não as vejo rondando minha mente ha alguns meses.

aluah disse...

vai ver é porque passastes tanto tempo esperando, que a palavra perdeu o sentido de existir.

espera tanto que o que nos resta nao é a espera, e sim a esperança.

Suellen Verçosa disse...

Ás vezes tenho medo do que vc escreve, porque me toca tão fundo, em cicatrizes que eu nem lembrava mais. Tenho medo que sejas como eu, assim, bem parecida, de sentimentos sabe. Leio e sinto vontade de chorar, ou calafrios, porque cada leitura é uma parte de mim que se decifra.

bjus linda.